segunda-feira, 27 de abril de 2009

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Seguindo a linha desta rubrica, que pretende alternar semanalmente um clássico com um hit recente, o Hollywood tem esta semana o prazer de apresentar uma série que está a dar os primeiros passos ainda nos States e que por conseguinte ainda não atingiu Portugal. Prison Break, com apenas 14 episódios transmitidos até agora, corre o sério risco de se tornar a série de culto mais rápida de sempre pela onde de fãs que já arrastou um pouco pelo mundo inteiro. Entrem meus senhores, e depois tentem fugir...

M.A.M.


Uma causa antiga embrenhada num enredo genial, personagens completas, complexas e coerentes, uma crescente espiral de revelações e twists inesperados mesmo para a melhor dos thrillers de TV. Esta é uma daquelas séries que cola, não é a “soap opera” com adaptação de qualidade, em que se perdermos um episódio, o pequeno resumo do episódio seguinte servirá para nos esclarecer. Prison Break é envolvente e não permite desatenções, mas mais do que isso, é uma série capaz de nos transportar tão rapidamente para aquela prisão, que tentamos ao máximo não nos mexer ou fazer um som quando algum dos fugitivos está a fazer algo que não devia. O suspense é levado ao máximo, explorado de forma inteligente pela música e o contexto, e todos os episódios sem excepção acabam num verdadeiro momento de sufoco.


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A história parte de um móbil clássico: um irmão arrisca tudo para salvar o outro. Mas...será assim tão normal que esse “tudo” inclua uma ida propositada para a prisão?

Michael Scofield (Wentworth Miller) é um homem desesperado numa situação desesperante. O seu irmão, Lincoln Burrows ( Dominic Purcell) foi condenado por um crime que não cometeu, mas do qual foi considerado culpado duma forma astuciosa, baseada em provas irrefutáveis...mas falsas. A sentença: morte, após uma pena de 6 meses. E aqui começa o contra-relógio. Michael assalta um banco para ser preso na mesma penitenciária que o irmão, com um plano completamente louco e ao mesmo tempo brilhante para os tirar de lá. Entretanto, ao mesmo tempo que prepara a sua saída lá dentro, a ex-namoradaa de Lincoln está a tentar provar a inocência do homem que a deixou taão abruptamente. Uma acção contínua e com um ritmo intenso, que se estende por dois cenários tão diferentes é uma dinâmica que poucas séries se podem dar ao luxo de dizer que conseguiram. Lembrando o ambiente no interior da prisão evocado em Shawshank Redemption, Prison Brake procura ser um pouco mais súbtil, mas consegue ainda assim passar uma imagem verdadeira da tirania dos guardas prisionais, das lutas entre grupos de presidiários, dos suburnos, da violência física e psicológica...



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Michael Scofield (Wentworth Miller)

Um improvável detido, Michael era um jovem recém formado, com uma vida e trabalho estáveis, até que decide assaltar um banco. Não precisava de dinheiro, nem tão pouco estava a perder a cabeça: simplesmente queria salvar o seu irmão a todo custo, e para isso teria de sacrificar uma parte da sua liberdade. Brilhante em raciocionio matemático, em conhecimentos de química e farmacologia, Michael é a verdadeira cabeça dum plano arrojado e engendrado ao segundo para conseguir chegar a verdade.

...E Wentworth Miller é um nome a fixar.



Lincoln Burrows ( Dominic Purcell)


Preso injustamente, Lincoln é um homem solitário e resignado com a morte...até que o seu irmão o encontra na prisão e lhe revela o seu plano. Paralelamente, ganha um novo folego de vida quando reencontra o amor do seu filho, conseguindo explicar-lhe a verdade, o mesmo acontecendo com a sua ex-namorada, a determinada advogada Veronica Donovan (Robin Tunney).

Purcell é um nome conhecido nas séries da FOX, personagem principal de “John Doe” que é transmitida diariamente por esse canal.



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Dentro da prisão, os dois irmãos irão encontrar um pouco de tudo. Desde o valioso Sucre (Amaury Nolasco), companheiro de cela de Michael e fiel amigo, passando por T-Bag (Robert Knepper), um racista e problemático assasino que lhes dificulta várias vezes a vida, John Abruzzi (Peter Stormare), um mafioso que se torna peça chave do plano, e o velho Westmorland, que reza a história guardou uma avolutada soma de dinheiro para quando fugisse...E para que não faltasse a presença feminina, a Dra Sara Tancredi (Sarah Wayne Callie), responsável por tratar os diabetes de Michael enquanto médica da prisão, vai-se aos poucos tornando cúmplice deste plano. E é misturando estes ingredientes humanos que o passaporte para a liberdade se escreve, de forma lenta e perigosa, mas de tal forma genial que é impossível não torcer por um bando de criminosos...

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