quinta-feira, 30 de abril de 2009

Acompanhe de perto a competição acirrada entre placas de vídeo para PC.
2009 está passando como mais um ano de tecnologias bombásticas. Na informática, a evolução é constante e voraz, o que comprova o esforço dos desenvolvedores em sempre tentar deixar as melhores tecnologias à disposição dos usuários domésticos. Para os brasileiros, o preço das melhores peças (em geral) continua inacessível, mas há sempre aqueles que não conseguem se conter e correm atrás do suprassumo dos computadores.

Tesla, uma das linhas mais novas da NVIDIABem, quando mencionamos a palavra "PC" ou "computador", um dos primeiros itens que vêm à mente é, obviamente, a placa de vídeo. No mundo dos gamers, a posse de uma placa de vídeo (ou simplesmente VGA) razoavelmente potente é indispensável para a execução dos últimos jogos que aparecem no mercado. Quanto mais poderosa for a placa de vídeo, melhores os visuais gráficos apresentados de forma leve e fluida.

Para quem já é familiarizado com o ramo de placas de vídeo, os seguintes nomes são bastante conhecidos: ATI e NVIDIA. A NVIDIA, inicialmente, despontou na informática como uma fabricante inigualável de placas, mas a ATI — adquirida pela AMD em 2006 — logo entrou na briga para valer.

O So para Loucos acompanhou as últimas novidades sobre o mercado explosivo de placas de vídeo. A concorrência entre essas duas grandes fabricantes está mais acirrada do que nunca com o lançamento dos últimos modelos. Duas placas em uma, inovações cada vez mais impressionantes, possibilidade de juntar várias VGAs em apenas uma placa-mãe... Enfim, a coisa está feia.


ATI X NVIDIA
Um duelo de gigantes


Como muitos já sabem, o barramento AGP — Accelerated Graphics Port — já não é mais utilizado pelas placas-mãe mais modernas, considerando que o padrão agora é uma (em alguns casos, mais de uma) entrada PCI Express. O AGP 2.0 — mais conhecido como AGP 4x, transferindo dados a pouco mais de 1 GB por segundo — inovou e abriu alas para o AGP 8x. Mas o surgimento do PCI Express, que suporta a transferência de dados em cerca de 4 GB por segundo, ratificou a extinção do AGP.

Dessa forma, os fabricantes tiveram muito mais espaço para construir placas realmente potentes. Desde o surgimento do PCI Express, os desenvolvedores foram compelidos a criar chips de processamento gráfico cada vez mais velozes. O resultado é o que temos hoje: visuais arrepiantes e curiosamente fluidos, se acoplarmos uma placa moderna a um computador robusto.

Até o estilo das placas está cada vez mais bonitoOs recentes "benchmarks" (termo técnico em inglês para "medições de teste", "avaliações") apontam que os desenvolvedores dessas maravilhosas peças de hardware estavam investindo apenas em aprimoramentos de modelos previamente lançados. Pequenas inovações surgiram, é claro, mas foi somente ontem (28 de abril) que a AMD deu um grande passo na fabricação de placas ao lançar oficialmente a ATI Radeon HD 4770, a primeira VGA para PCs com um chip de 40 nanômetros.

O que muitos estavam acompanhando era a briga entre as placas ATI Radeon HD 4890 (ligeiramente superior à 4870) e a NVIDIA GeForce GTX 275. Sim, são dois periféricos de peso e possuem dados técnicos espetaculares para os fanáticos por visuais gráficos refinados. Há, infelizmente, um pequeno porém: o preço.

Com isso, pode-se afirmar que a HD 4770 foi uma excelente jogada da AMD. Aparecendo na faixa dos US$ 99 (nos Estados Unidos, é claro), a placa oferece um desempenho excelente — cerca de 51,2 GB por segundo na taxa de transferência da memória — e suporta várias tecnologias exigidas por games e programas da atualidade. Por um preço desses, quem iria gastar mais de US$ 250 em uma placa "top de linha" que provavelmente deixará o trono em algumas semanas, talvez dias?

Inovação é a palavra-chave

Ainda para aqueles que não podem deixar de conferir as últimas novidades das grandes empresas, há os rumores recentes sobre as especificações técnicas das placas GeForce GT300, GeForce GT350, ATI Radeon 5870 e ATI Radeon 5870X2 (dois chips de processamento gráfico em uma só placa). Bem, ainda não é possível confirmar nada, mas espera-se que esses "brinquedos" superem todas as expectativas do público.

DirectX 11, cGPU, CUDA 3.0, OpenGL 3.1, OpenCL… Todos esses termos aparecerão frequentemente nas próximas novidades referentes às placas gráficas para computadores.


Opinião do editor
Quem ganha é o consumidor... Ou não


Primeiramente, devemos considerar que a realidade brasileira é outra. Os valores das placas mais novas sempre despontam no Brasil de forma absurda, muitas vezes custando mais que duas vezes o preço estadunidense. Dessa forma, como que os gamers do nosso país podem contemplar visuais alucinantes se o bolso é o principal empecilho?

Em segundo lugar, eu acredito que investir nas melhores placas do mercado é um tanto arriscado para quem não pode se dar ao luxo de gastar muito em periféricos para computadores. Os preços tendem a cair drasticamente assim que novas placas tomam conta do topo da tecnologia gráfica, e nem mesmo os últimos games lançados para PC requerem tanto poder de fogo assim.

Gráficos de peso

O lançamento da HD 4770 me surpreendeu pois, mesmo contando com uma impressionante inovação tecnológica (826 milhões de transistores em um processador de 40 nanômetros), a placa apareceu com a proposta de ser boa e incrivelmente barata. Estou ansioso para conferir o custo dessa VGA nas lojas brasileiras.

Enfim, a briga entre as empresas que fabricam placas de vídeo já não me impressiona mais tanto quanto no passado. Há até mesmo certas companhias que distribuem variações de certas placas com pequenas modificações para o aumento do desempenho (embora com um pequeno risco de encurtamento do tempo de vida).

A possibilidade de colocar mais de uma placa (que, por sua vez, pode contar com mais de um chip gráfico central) em somente uma placa-mãe é assustadora e, na minha opinião, deve ser aplicada apenas por aqueles que realmente precisam executar aplicativos 3D muito, mas muito "pesados". Para os gamers de plantão, uma HD 4770 está mais que justo.

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